Page 10 - Digital handbook - Portuguese
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Tomada de perspetiva:
Num contexto de grupo, um animador de juventude apercebe-se de um conflito entre dois
participantes. Ao assumir uma perspetiva o animador de juventude considera o ponto de vista
de cada individuo, ajuda-os a compreender os sentimentos uns dos outros e facilita uma
conversa para resolver o conflito de forma construtiva.
Estratégias para desenvolver a empatia e a capacidade de adotar uma perspetiva:
Participar plenamente nas conversas sem distrações.
Prestar atenção às pistas não verbais para obter informações mais profundas.
Evitar perguntas fechadas para promover uma partilha abrangente.
Participar em atividades em que se coloque no lugar dos outros.
Explorar diversos pontos de vista na literatura.
Discutir temas e perspetivas para melhorar a compreensão.
Actividade: Simples, sem muitos recursos como um energizador
3.2 - Consciência e sensibilidade culturais
O objetivo é que os alunos desenvolvam uma compreensão das diferentes culturas, tradições e
costumes, de modo a cultivar uma abordagem aberta e sem juízos de valor relativamente à
diversidade cultural.
Teoria:
Compreender as diferenças e semelhanças entre nós próprios e as outras culturas, sem lhes
atribuir valor. Basicamente - evitar o julgamento com base em distinções culturais. A
consciência e a sensibilidade culturais envolvem o reconhecimento das diferenças culturais,
evitando julgamentos e promovendo comportamentos positivos.
Como se relaciona com o trabalho com jovens:
Os profissionais que trabalham com jovens têm de estar conscientes da sua própria cultura,
crenças, preconceitos e visões do mundo. Esta auto-consciência garante que as respostas aos
jovens de diversas origens são empáticas e não julgadoras.
A sensibilidade cultural reconhece que os jovens de origem refugiada e migrante enfrentam
pressões particulares, o que exige respostas adaptadas aos desafios específicos que estes
jovens podem encontrar. Ao estarem conscientes das nuances culturais, os profissionais criam
espaços onde diversos jovens se sentem compreendidos e valorizados, o que cria um ambiente
de trabalho inclusivo para os jovens. Compreender a natureza dinâmica da cultura, reconhecer
as pressões únicas e empregar uma abordagem baseada em pontos fortes são componentes
cruciais.
As atitudes de não julgamento aumentam a eficácia das intervenções no trabalho com jovens.
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